sábado, 3 de julho de 2010

Quando eu me agito na ânsia de realizar... ...sou mais... ...
sou vento... ...
sou esperança... ...
sou melodia... ...
eu canto... ...
eu danço... ...
eu vibro... ...agitada e bela... ...
Quando serenidade confusa... ...sou morna e apática... ...
não vivo... ...não sinto... ...
apenas respiro a falta deste ar... ...
Impeço o frescor do água do mar... ...da brisa que ora se agita... ...
Quando assim confusa... ...
sou conformada... ...impedida... ...
meus pés ficam em pedaços... ...pesados e sólidos como uma rocha... ...
sou nada, sou fim... ...
sou só falta de angústia, falta de ânsia do viver, de gana pelo viver... ...
sou... ...não sou... ...
estou... ...fraca e flácida... ...porém pesada rocha... ...
Apesar da ânsia que me abala e dispara o ardor pelas ternas águas do mar... ...da realização... ...
eu nela me encontro mais... ...
me reconheço mais do que pálida serena confusão... ...
Confusa... ...não existo... ...
Não sou... ...não sinto... ...
Eu sou intensidade... ...
sou PAIXÃO... ...
interno tormento que me move... ...agitam-se a móleculas da minha existência... ...
Preciso me apaixonar pelo ação do sentir a existência das coisas, das flores, do mel ... ...vibrar... ...me enlouquecer... ...entorpecer... ...
E me sentir embriagada... ..VIVA... ...aquecida nos raios do sol... ...me jogar nas
brasas da fogueira... ...mesmo que a ânsia me defina neste momento... ...melhor que a palidez do gelo que me consome... ...
Quando eu bebo do mel... ...sou LUZ... ...permaneço SONHO... ...infinito... ...
Quando a água da chuva me encharca sinto o aroma que dela emana... ...
E ela me entorpece... ...
E eu gosto... ...Eu gosto... ...
Gosto demais
Gosto mais do que quando ela apenas respinga e seca, ausente... ...
... ...

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