quarta-feira, 28 de julho de 2010

Minhas produções em arte interceptam olhos vizinhos e refletem a mescla de sensações minhas e deles... ...Meu olhar é de uma escritora da palavra que hoje fere a matéria bruta, porém não inerte de uma madeira e cicatriza as dores humanas... ...ou não... ...
Reproduzo olhares outros, seus anseios, seus sonhos, seus desejos dormentes, crescentes, suas vontades, suas ações diárias em direção aos novos objetivos... ...
Eu produzo os efeitos das dores ou dos prazeres que permeiam os seres... ...não reproduzo o literal, o fato consumado nem sempre é meu foco, mas o desejo pleno pelas ações, o anseio de nossos corações num mundo mutilado e dolorido... ...
São os efeitos que me atraem explorar do fundo daquela matéria que um dia crescia, tinha *sonhos* acontecia mais que hoje em seu próprio universo... ...
Reproduzo as escalas de vida próxima e mesmo longínqua que me cerca e influencia pelos sabores que já provei ou pelos aromas que inspirei em minha caminhada perene... ...absorvo destes que me inspiram. Capto a vibração da sensação que me causam estes "pensares", estas observações alheias... ...e produzo uma escrita visual, tal como produzo uma escrita verbal... ...
Abosorvo e consumo e então contemplo em olhares de um pulsar pessoal... ...
Absorvo, consumo e contemplo em olhares que podem ou não coincidir com os olhos destes que me inspiram... ...
Sou de uma visão mágica, porque a magia é feita para nos conduzir aos lugares mais obscuros porque no íntimo de nosso ser onde se encontram a força e os meios pra a realização de nossos anseios, de nossos sonhos reais... ...
Primeiro é preciso SONHAR... ...depois realizar... ...nem precisa ser nos parâmetros da grandiosidade da imaginação criadora, mas precisa ser forte e permanente... ...
Precisa-se ser ingênuo e puro... ...para ganhar o mundo com propriedade... ...

domingo, 25 de julho de 2010

**a vida é tão simples mas dá medo de tocar... ...**

sábado, 24 de julho de 2010

um simples olhar em redor e já me encontro nas formas e na justificativa de compreensão do que a madeira me traz como riqueza... ...as faces e seus contornos fascinantes... ...desenhos perfeitos do ser, da essência... ...contém a mais pura verdade do ser... ...do seu sentir... ...das suas ações... ...
veios profundos podem ser vistos e ao mesmo tempo tamanha profundidade pode mostrar a sutileza dos seres... ...
um breve olhar e tudo vem à tona... ...toda expressividade... ...toda verdade daquele sentir a vida ao seu redor... ...
desenhar é perceber o encanto das formas delicadas em formas firmes que poderiam parecer agrestes, rudes porque possuem mais espessura que outros... ...as faces humanas por exemplo enganam,
numa face forte e viril eu encontro muitas vezes muito mais delicadeza do que em uma face outra... ...
e é assim que percebo o quanto desenhar é fascinante, mas não o desenho mais tradicional e óbvio, mas aquele que se esconde, que se permite ser explorado, escavado para só então esboçar a forma... ...
há formas que me encantam mais que tudo... ...e me inspiram muito e sempre a cada dia mais... ...e mais... ...e mais... ...
minhas fontes eternas de inspiração... ...que descubro a cada novo piscar de olhos... ...
que formas tão doces se escondem num espesso aglomerado de massas... ...
que formas tão fortes e declarada verdade se esconde em um pequeno aglomerado de massas... ...
a essência da verdade e da autenticidade, muitas vezes... ...
é só olhar e se permitir mergulhar fundo n'alma... ...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ah se eu fosse só uma máquina ou mesmo se fosse um cavalo daqueles que colocam os tapa olho, seguiria que nem máquina e tudo tava certo... ...
Creio que já apontei como foco de meu trabalho, da temática em meu trabalho que o virtual é quem me impulsiona a estas construções, estas montagens com fotografias. No entanto, eu não me refiro ao ambiente virtual, do computador apenas. Na realidade ele é apenas uma clara interferência do ponto de vista de perceber o mundo e então digerir as informações em trabalhos do tipo que faço. Por isso tem sido tão penoso discernir todos estes meios utilizados e formas de construção, para alguém que não fazia arte e nem estudava arte até chegar numa faculdade especializada nesta.
Como muitos artistas contemporâneos a influência do virtual, das imagens mescladas com palavras, das palavras que mais imagens se parecem do que mero texto verbal, se configuram mentalmentee na hora de se reunir todos os pensamentlos e sensações e manipulações possíveis para se chegar a um resultado mais satisfatório. É na concepção que está inserido o virtual, não na finalização como obra virtual, computadorizada.
... ...
Bom, eu ainda tenho muito o que fazer, muitas idéias a conceber e am ente está muito ativa, não sei se tem fundamento, mas com certeza o resultado final será ainda mais produtivo e satisfatório.
Para a obtenção das imagens, especialmente dos personagens o interesse é adquirí-las por meio de lâminas. É desenhar manualmente e ver que deslocada de seu contexto pode assumir outra função mesmo que nem eu mesma neste instante perceba qual é. Mesmo que tenha realizado algum esboço prévio, até mesmo mentalmente, de inserção num universo diferente do que ela estava anteriormente.
É um prazer pessoal dentro de toda a construção das imagens que me fascinam. Um procedimento em meu ponto de vista necessário e que minha mente vai delineando a formas e a disposição no suporte, que é a madeira de mdf em meu caso. É bem provável que se fosssem feitos no computador,se estas figuras fossem redesenhadas no corel eu abstraísse essa sensação, esta percepção me faltaria para este momento incial de reconhecimento da arte que realizo. Não perceberia a formação das imagens que seriam paulatinamente inseridas na tela finalizada e não me inspiraria tanto para conceber a imagem corretamente.
Eu falo de um processo mental que ocorre comigo. Ainda ing~enuo, mas que aos poucos parecem fazer mais sentido. Ainda uma origem muito primitiva, mas que tem valor a cada dia que passa... ...
Me ajuda mais assim ir processando as idéias, à medida em que visualizo cada etapa, a construção de cada personagem, de cada elemento inserido na cena.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

As novas imagens seguem a origem das antigas construções que são a fotografia que me inspira tanto quanto dá as marcas fundamentais para a nova imagem a ser apresentada. Ela tem a característica do moderno, que é a tecnologia(que também é fruto de inspiração e construção pessoal de mundo, de visualização mental deste), mas com a visão do olhar renascentista e sua forte ligação com a intenção prioritária da pintura que é o de representar o mundo que se vê. Tem um quê de contemporâneo quando alio a fotografia ao que já foi feito antes e quando isso significa o recorte, a permanência do "eu estive aqui", como ouvi ontem no filme, canal 58 da net, e das relações que se tem hoje em dia com a imagem, com esta busca frenética com a imagem e com sua reprodução em massa de sobreposição de personagens em vidas de pessoas comuns. Personagens que surgem da tela da tv, não só com suas roupas, mas seus comportamentos, mas que com suas roupas transmitem o significado do que se quer dizer, do comportamento que se quer ter, da situação em que se quer estar inserida. E quanto a isto temos sempre mesmo que ter muito cuidado para não reagir conforme nos é imposto.
É um assédio vigoroso e assombroso e se o ser humano não se impõe e não se vigia e encontra-se em estado de busca frenética por seu eu interior, como o mundo de individualidades e instantaneidade, pouco tempo pra tudo, assim como adolescentes vivem nesta fase de encontros e desencontros, num conflito pessoal e com o mundo, se tornam vítimas fáceis a eles.
... ...
Embora eu já tenha encerrado meu TCC na graduação em artes, e ter passado pelo trauma da escrita que nunca foi meu problema, sempre tive facilidade com textos, mesmo me permitindo afirmar que em questão de interpretações textuais sempre fui pouco habilidlosa, eu ainda tenho alguma dificuldade em recomeçar ou mesmo escrever sobre tudo o que já tratei no trabalho de conclusão em que me propus na faculdade. é claro se não fosse meu orientador e todo o seu conhecimento e sua atenção e respeito eu jamais teria chegado ao resultado que me agradasse. Naturalmente sou grata e reconheço outras contribuições aleatórias de colegas, amigos, família, etc.
Ainda quero aprender muito mais e para isso estou aqui retornando para um segundo momento na faculdade, um pós, um mestrado em artes que recém surge em nossa região.

Eu não sei se estou pronta, mas vou tentar recomeçar tudo outra vez.

Quero agora prestar mais atenção ao meu texto além é claro de seguir realizando boas criações na xilogravura. quem sabe algumas misturas de técnicas, algo que tenho pensado muito em experimentar. Por enquanto as minhas experiências tem sido em torno do suporte de transferência da matriz, ainda em mdf, talvez com o uso alternativo para sobreposições necessárias às novas propostas, como um material emborrachado a fim de fazer recortes mais facilmente e em dimensões necessárias.

Quanto aos suportes que tenho utilizado para transpor a imagem na xilogravura uso muito o tecido(vuol, algodão estampado), fibra, tecidos furadinhos, algo que possa em conjunto com a imagem transpor algum sentido novo, ou mesmo acentuar alguma característica ainda pouco explorada até então.
São apenas novos caminhos, novas buscas que certamente surtirão novos recursos, novas formas de construção, novas alternativas e novo espírito para o trabalho... ...novas insiprações, sempre muito necessárias aos artistas de todas as áreas.
estou bem empolgada, mas não tenho quase nenhuma idéia em onde tudo isto vai dar... ...

terça-feira, 20 de julho de 2010

pensando na inspiraçlão, no que tem me levado a criar novamente, eu lembro da Vania Mignone, quando afirma se inspirar com músicas de caetano veloso... ...as minhas novas imagens já posso isto sim, posso afirmar que vem regadas de musica, poemas, sonhos alheios, como já eram que despertam meus sentidos, minhas sensações e criam, brotam, numa forma xilogravada... ...

CAIXAS... ...

eu ia começar falando hoje novamente da cor... ...pois acreditava que tudo começava com ela... ...o novo projeto, o novo desejo, mas... ...
ontem lembrei do soldadinho de chumbo e esbocei um desenho... ...
eu tava confusa... ...eu ando confusa... ...aonde começa? aonde eu quero ir?
que caminho é este? como vou percorrê-lo?
daí... ...
hoje de manhã o mano foi até a cabeceira da cama... ...
e comecei a ver somente caixas e mais caixas... ...
**eu já disse que o nosso universo é uma caixa?**
pois é, uma caixa, aliás... ...muuuuuitas caixas amontoadas... ...
umas ao lado das outras... ...
umas dentro de outras... ...
umas menores... ...outras maiores... ...
eu tenho aquela coleção de livrinhos... ...e lá tem o soldadinho de Chumbo... ...
e ele veio numa caixinha, ou uma caixa grande?... ...
e o barquinho de papel?
... ...eu lembro agora... ...tinha o barquinho de papel... ...
a gente construía barquinhos de papel... ...bonecas de pano... ...cabeças de porongo... ...
eu gostava dos pernas-de-pau... ...
aqueles palhaços que andavam pela rua... ...
eu não lembro onde, mas eu gostava, eu e o mano... ...
o mano não gostava que me dessem injeções... ...ele queria que eu não sofresse... ...
mas, porque falei nisso mesmo... ...
bem... ...
eu só sei que tudo, tudo mesmo... ...
tudo cabia lá... ...
era uma caixinha modesta, de papelão ou madeira?... ...
eu não lembro... ...
acho que no início, quando éramos seis, eu não sei bem se o pai tava lá naquela época... ...sei que ele construiu a caixa... ...ah, isto sim, foi ele sim quem a construiu... ...
mas pouco usufruiu... ...
isso isso... ...
realmente eu não sei como... ...
mas sei que tudo cabia lá dentro, desde o começo... ...
a mãe ajeitou tudo depois... ...e, tinha sol, tinha chuva, a gente tava lá sem perigo algum... ...
não sei bem que aparência tinha por fora, mas sei que sempre foi confortável lá dentro... ...
... ...
éramos seis, como disse antes... ...
daí o pai saiu de lá... ...tentou, acho que como aquele soldadinho de chumbo, se aventurar por aí, achando qe poderia ter coisa melhor, ou trazer coisa ainda melhor para nós... ...
mal sabia ele que já tínhamos tudo o que sempre precisávamos... ...
é... ...
ele acreditou mesmo que poderia voltar... ...
mas não voltou não... ...
e continua lá fora, na chuva, no sereno, sem agasalho... ...
todos tentamos sempre trazê-lo para dentro da caixa, mas ele se perdeu lá fora, não sabe mais quem é... ...
nós sabemos quem somos... ...sim, nós sempre soubemos.
... ...
enfim nós ficamos lá dentro... ...
viramos cinco... ...
tinha comida, água, ar... ...
proteção e vestimentas... ...
tínhamos bonecos para brincar... ...
ou os bonecos éramos nós?... ...
a caixa era de papelão, madeira... ...ainda não sei... ...
às vezes rasgava, furava... ...entrava vento, mas a mãe sempre dava um jeito... ...
e a vó ajudava... ...
e a Mota também... ...
ninguém passava frio... ...
nunca... ...
e eu, e nós... ...não temos vergonha disso... ...
foi um privilégio sermos acalantados por braços tão ternos e que nos deram a base da existência, da verdadeira existência humana... ...o AMOR e a bondade... ...
o AMOR e leveza das relações... ...
o AMOR e nunca o ódio, nem o desperezo, nem a desatenção... ...ou o desafeto... ...
nada destes novos ensinamentos, ou regimentos, do mundo moderno... ...
não, não... ...
... ...
e hoje, eu e o mano, seguimos na caixa, ela é nossa herança... ...ela é tudo que sempre tivemos e vamos cultivar... ...
mas sempre que posso eu levo pra todo mundo que passa lá fora o que aprendi ali dentro... ...
tá tudo gravado ali... ...
cada risco que a gente fazia até mesmo de madrugada... ...
principalmente de madrugada... ...
sem luz... ...
mesmo assim a gente via, nas paredes, nossas mãos... ...ao som de lindas melodias num rádinho de pilha... ...
era a noite mais feliz... ...
é o que nos mantém forte... ...
pois sou forte, como elas... ...
elas nem sempre tiveram uma caixa fixa para acalentá-las e envolvê-las em noites de frio... ...ou eram duras demais... ...
afinal os tempos eram outros... ...
porém tinham caixas... ...como todos temos... ...
cada um escolhe a sua... ...
quem não tem uma caixa forte como estas, sofre e percorre dias frios como os que estamos passsando, quando o Minuano nos embala... ...
... ...
... ...
eu não sei que nome tem... ...
mas esta é a origem de tudo que vai começar outra vez... ..
eu não sei como vai ser a forma exata... ...
eu não sei que linhas têm... ...
se se repetem como as molas... ...
mas tem molas, sim, eu acho que têm... ...
eu não sei que cor, se tem cor... ...
eu não sei se tem forma fixa... ...
eu não sei se vai ser retangular, angular, quadrada, em perspectiva... ...
mas tá nascendo... ...
quando, porque, como... ...
vamos ver depois... ...
eu espero que sim... ...
eu espero... ...
aguardo o universo me responder,
porque ele sempre me responde, me respondeu ontem, hoje... ...
... ...
com calma, com tranquilidade, com AMOR...tudo se resolve... ...
tudo sempre foi assim... ...
mesmo que os tempos sejam novos... ...
... ...
e eu espero que fique legal, que diga tudo o que vem pra dizer... ...
tem uma temática semelhante, mas tem uma forma que ainda desconheço... ...
... ...
... ...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

a caixa tá atulhada de coisas... ...fecha antes que transborde... ...


cuidado... ...


é de papelão... ...


vai molhar... ...
minha arte é o mais puro reflexo de mim mesma
é o meu verdadeiro eu
onde palavras não precisam ser ditas... ...apenas interpretadas de acordo com o **freguês**... ...
eu não nasci para ser superficial
passar pelo mundo sem que suas marcas estejam em mim
eu nasci para ser dilacerada
eu sou intensa em meu sentir
é uma viagem que nem sempre precisa ser de corpo presente
a carne não precisa ser dilacerada
posso viajar de um extremo a outro na experiência mediada
não preciso provar de todos os sabores
me embriagar com todos os licores
sem sentir todos os aromas
há quem duvide que ler seja viver
ler é a maior das aventuras... ...
vejo pelos olhos de outrem sentindo pelo meu coração, penetrando em minhas entranhas... ...
escrever é a minha maior riqueza... ...
externa, dilacera, corta, picota e estanca a ferida aberta que não some
mas permanece para sempre calada... ...silenciosa... ...
se não for tocada, permanece cicatriz... ...
a cicatriz da matéria que dilacero... ...que estanco quando cubro de tinta uma superfície e imprimo, saranda, curando... ...escancarada... ...
mas a cicatriz, as ciatrizes... ...não matam... ...
relembram que delas fui "refém", mas que delas não morri
superei... ...
as muitas cicatrizes apenas me incomodam, que cada uma é um aprendizado diferente,
mesmo que uma delas tenha sangrado mais de uma vez
não importa, é a minha carne que foi dilacerada, sou eu quem sofro, sou eu quem conheço esse corpo mortificado... ...
dolorido... ...retalhado... ...Prova de minha FORÇA interna, seja o nome que ela tenha... ...*cosmos, vida... ...*
eu sigo com os pés no chão... ...sei que caminho ainda... ...que ainda respiro, pois o ar transita em meus pulmões
eu sofro escariações, mas eu vou cubrindo-as... ...
eu sofro cortes profundos,
mas tenho pés que antes de mim me ensinaram que ainda sigo existindo e brandamente vou superando um a um... ...
Não preciso de armas de fogo... ...preciso de AMOR em meus pulmões que me ensinem a entender como o *homem* sofre e cresce... ...
preciso apenas ouvir sempre mais... ...
... ...
eu sei que vivo
eu conheço minhas feridas e as dosagens... ...
eu sei do caminho da cura em minha própria carne... ...
é diferente... ...é paulatinamente... ...é indo no fundo da ferida e tratando a raiz... ...com o AMOR de quem concebeu este organismo fálico porque é só carne... ...
porque o que me cerca eu sinto de coração... ...
... ...
a minha escrita é a minha alma... ...
intocável... ...
é a minha cura... ...
... ...
a minha arte... ...
não é minha... ...não mais... ..mas é o meu olhar calado sobre as coisas do mundo... ...
não sei se é bem ou mal... ...
... ...é

domingo, 11 de julho de 2010

pra não doer tanto mais que já dói eu aqui permaneço e se não permaneço corrói e destrói meus neurônios... ...
e aqui sigo eu sempre preenchendo o tempo perdido da noite travessa... ...
pra que ser verdade se o mundo está repleto de falta de autenticidade, verdade, bem e luz?
só porque eu não quero me perder de mim... ...não tem sido fácil ser eu mesma... ...mas nem eu mesma ser o que seria este triste ser que vagueia sem cessar... ...sem um canto se acomodar e proteger... ...
e se não fosse eu eu mesmo, autentica e real, verdadeira com minhas verdades... ...seria eu mais saudável e não esta louca insana... ...
e se não fosse... ...
e se fosse... ...
o mundo atarefado que atropela os sentimentos e as horas de falta de sanidade saudável... ...
como posso me enxergar no horizonte e o horizonte ser eu mesma, pura e simples, autentico, em cores sóbrias e brandas... ...e doce e terno... ...
e melodias ressoam nestas madrugadas sem fim... ...
cânticos tão adocicados quanto os tons da minha alma... ...
e que sempre tocam minh'alma... ...
... ...
nele brilham estrelas neste infinito fantástico, infinito dos sonhos nossos... ...sonhos da humanidade que acalanta-se em seus versos em tons tão frescos, tão suaves... ...
como, como espelho que sou... ...não alcançá-lo?
como posso ser ele e ele não ser eu... ...
como posso me encontrar em tuas formas e não estar em mim... ...
como posso viver sem o horizonte, se sem ele sou nada... ...
como posso estar aqui sem que o céu se ilumine e fique escuro e sem as estrelas que brilham em minh'alma... ..
... ...
não me deixe na ausência de um SONHO pra sonhar... ...
de um infinito gela minh'alma quando a lua não aparece e mostra sua luz, quando estrelas somem-se na obscuridade da ausência... ...
mesmo que não possas, meu infinito céu estrelado, brilha só, sem o meu reflexo, mas brilha, pois sem ti sou ausência e dor... ...sou apenas uma caixa vazia e preenchida de nada... ...um baú velho e cansado... ...envelhecido, caindo os pedaços, preenchido de palha e teias de aranha... ...
ao menos sente meu anseio pela presença... ...
não me permita esta ausência... ...
o meu vício agora... ...é o passar do tempo... ...

... ...movimento... ...é voaaaaaaaaaaaaaaaaa a a ar... ...
Dependurada na árvore... ...
Aventuras que nunca experimentei... ...Até hoje... ...
Todo o homem de ação é esencialmente animado e otimista porque quem não sente é feliz.
Fernando Pessoa
Para realizar um SONHO é preciso Esquecê-lo, distrair dele a atenção. por issso REALIZAR é não realizar.
Fernando Pessoa
... ...difícil ação, sábia conduta... ...
O SONHO é o melhor dos mundos... ...
ouvi ontem esta frase na TV Cultura, se não me engano... ...ou num destes canais sobre cultura
Eu só não gosto quando meus olhos se abrem para o dia e eu tenho que fingir que acredito que um dia sairão do plano das alturas, dos espíritos e eu então poderei tocá-lo... ...

sábado, 10 de julho de 2010

Tem horas e diasssssssssss e mesesssssssssssssss e anosssssssssssss que eu preferia não ser artista... ...
Ai esta minha alma de artista-filosófica... ...Me mata... ...
Bem que eu poderia ser bem mais simples... ...Mas acho que agora só na próxima encarnação... ...
Fala sério... ...Pois desta eu já não quero aprender mais nada... ...
marasmo... ...
preguiça... ...
sono... ...
frio... ...
de volta ao chão... ...
comum... ...
... ...comum

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pretendo aqui tornar a falar de minhas gravuras, das novas construções que estão começando a tomar forma... ...
Assim, o que já posso falar é que começo a inserir a cor nas novas construções, a cor que não é evidente, que não é vibrante... ...Porque a intensidade de meu ser não permite sejam coloridas por si só... ...mas que sejam cores misteriosas, cores sóbrias, embora eu hoje seja mais colorida em meu vestuário... ...
Mas volto aos meus apontamentos para então retornar aqui falar das conclusões e de se parecer. Sim, pois ainda tenho trabalho pela freente, digo muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito trabalho ainda... ...Recém começo pôr em prática os meus pensamentos e reflexões a respeito do que ainda pode ter sequencia nos trabalhos já construídos até então... ...no tema abordado até então... ...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Porque mais um dia se a noite já me diz tudo... ...se a noite destrói tudo... ...se a noite já é tudo... ...o escuro das horas... ...o tempo que neste momento parece nunca passar, mas que o mundo diz... ...SEM TEMPO... ...SEM TEMPO... ...Não há mais tempo... ...Não há... ...
Pra que inventar se não há mais tempo de viver... ...Tudo é emergente... ...Tudo está na emergência das coisas... ...do sentir... ...Do olhar... ...Do viver... ...
Não há mais tempo... ...
Não tenho tempo, dizem... ...
Então se é isso eu já aprendi... ...É o tempo, a falta dele que me ensina todo dia... ...É isso, o tempo é a explicação para tudo... ...
Por isso o ensinamento foi completo... ...Agora tá na hora... ...Vou embora... ...Final de linha... ...
... ...
Validade vencida... ...
... ...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Fui tão longe... ...fui tão longeeeeeeeeie... ..,
Basta se estar no caminho das nuvens, fluturar sobre elas acreditando se ter descoberto o PARAÍSO para o momento seguinte roçar o chão longínquo... ...
... ...
Não sei se o caminho das nuvens, onde nada reconheço, é o meu caminho ou se o que mereço mesmo é o chão nítido, aquele meu eterno companheiro... ...
dor profunda... ...tento a ti sobreviver... ...para que não o sei... ...inútil tentar... ...inútil sofreguidão... ...inútil aqui estou... ...
Mais uma noite fugindo de ti... ...poço profundo... ...mergulho certo... ...fuga em vão... ...
Lá vou eu outra vez... ...sem sucesso... ...amarrada, acorrentada por todos os lados... ...
Tentativa insana... ...
Mergulho profundo e veloz... ...
Por onde olho só vejo correntes que me atormentam e machucam e assoitam... ...
É inútil tentar... ...
Não há fuga... ...
A fuga é o eterno encontro-reencontro ao que tento negar... ...
Ao poço de águas escuras e térreas... ...
Tentativa insuficiente... ...inativa... ...inoperante... ...inconsistente... ...decadente... ...
Fracasso total... ...
Quando ARRISCAMOS vencemos... ...
É??
... ...
... ...
Uma sinfonia de silêncio e... ...cor... ...
Tem certas coisas que eu... ...nem... ...sei dizer... ...
Um dia mais... ...inventando o dia, as manhãs... ...as tardes... ...Sem sucesso ao trapacear a noite perversa... ...sem sucesso ainda... ...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Me agiganta e me põe na pista que eu quero o traquejo da dança mais bonita... ...Eu queroooooooooooo... ...Eu possoooooooooooooooooo... ...
... ...
Seráaaaaa que é tudo isso em vão... ...
Seráaaaaaaaaaaaa que vamos conseguir VENCER... ...
Seráaaaaaaaaaaaaaaa... ...
... ...

domingo, 4 de julho de 2010

Bate... ...
... ...
... ...
... ...
bate... ...
... ...
... ...
bate... ...
consome... ...
voa voa... ...
alto & sempre
... ...
sempre
Voar... ...


... ...
Nestas madrugadas meu único desejo é me jogar numa piscina e deixar congelar o cérebro até a manhã seguinte quando despertarei fresca e gélida pronta para assumir as automatizações cotidanas. Aquelas que se encaixam perfeitamente em minha necessidade de transpor mais um dia até que se aproxime o cair da noite e a madrugada cale as ações e agite as moléculas insanas da mente de mais uma destas noites perversas... ...
até o fim dos dias... ...

sábado, 3 de julho de 2010

Quando eu me agito na ânsia de realizar... ...sou mais... ...
sou vento... ...
sou esperança... ...
sou melodia... ...
eu canto... ...
eu danço... ...
eu vibro... ...agitada e bela... ...
Quando serenidade confusa... ...sou morna e apática... ...
não vivo... ...não sinto... ...
apenas respiro a falta deste ar... ...
Impeço o frescor do água do mar... ...da brisa que ora se agita... ...
Quando assim confusa... ...
sou conformada... ...impedida... ...
meus pés ficam em pedaços... ...pesados e sólidos como uma rocha... ...
sou nada, sou fim... ...
sou só falta de angústia, falta de ânsia do viver, de gana pelo viver... ...
sou... ...não sou... ...
estou... ...fraca e flácida... ...porém pesada rocha... ...
Apesar da ânsia que me abala e dispara o ardor pelas ternas águas do mar... ...da realização... ...
eu nela me encontro mais... ...
me reconheço mais do que pálida serena confusão... ...
Confusa... ...não existo... ...
Não sou... ...não sinto... ...
Eu sou intensidade... ...
sou PAIXÃO... ...
interno tormento que me move... ...agitam-se a móleculas da minha existência... ...
Preciso me apaixonar pelo ação do sentir a existência das coisas, das flores, do mel ... ...vibrar... ...me enlouquecer... ...entorpecer... ...
E me sentir embriagada... ..VIVA... ...aquecida nos raios do sol... ...me jogar nas
brasas da fogueira... ...mesmo que a ânsia me defina neste momento... ...melhor que a palidez do gelo que me consome... ...
Quando eu bebo do mel... ...sou LUZ... ...permaneço SONHO... ...infinito... ...
Quando a água da chuva me encharca sinto o aroma que dela emana... ...
E ela me entorpece... ...
E eu gosto... ...Eu gosto... ...
Gosto demais
Gosto mais do que quando ela apenas respinga e seca, ausente... ...
... ...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A pulsação ainda gera efeitos anestésicos... ...amortece e pára... ...
O coração bate... ...bate... ...
bate... ...
bate... ...
Soam os alarmes... ...a vida ainda ainda existe aqui... ...e eu que achava que não vivia mais... ...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

mastigando esperança... ...


caseriando o pensar... ...


... ...
contando ESTRELAS... ...

... ...